domingo, 25 de agosto de 2013


Turmas: 8º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio
Mudanças no Brasil promovidas por D. João
Abertura dos portos ao comércio internacional às “nações amigas”, extinguindo o monopólio do comércio colonial;
Tratado de 1810: fixava em 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos para o Brasil. Sobre os produtos dos demais países era cobrada uma taxa de 24%, e mesmo dos artigos portugueses cobrava-se 16%. Somente em 1816 ocorreria a equiparação das taxas alfandegárias inglesas e portuguesas;
Organização a estrutura administrativa da monarquia portuguesa: nomeou ministros de Estado, colocou em funcionamento diversos órgãos públicos, instalou Tribunais de Justiça;
Criação Banco do Brasil;
Autorização para a instalação de fábricas;
Criação e implantação de diversas academias e obras culturais no Brasil;
Instituições de ensino superior;
Jardim Botânico;
Biblioteca Real;
Imprensa Régia que iniciou a publicação do jornal Gazeta do Rio de Janeiro;
Missão Francesa: foram contratados artistas e professores estrangeiros.
Elevação do Brasil a Reino Unido (1815)
O Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com essa medida, na prática, o Brasil deixava de ser colônia de Portugal e adquiria autonomia administrativa.
Criou-se uma situação incomum para os portugueses: a antiga colônia tornou-se sede do Reino Unido. Portugal e Brasil invertiam suas posições: “a colônia colonizando a metrópole”. Essa “inversão colonial” foi crescentemente questionada, sendo um dos fatores que impulsionaram a Revolução Liberal portuguesa, em 1820.
Revolução Pernambucana (1817)
Em Pernambuco, muitos moradores estavam revoltados com o crescente aumento dos impostos, que serviam para sustentar o luxo da Corte. Além disso, a grande seca de 1816 causou graves prejuízos à agricultura e provocou fome no nordeste. Os preços do açúcar e do algodão estavam caindo no mercado internacional.
Diversos grupos sociais envolvidos na revolta tinham metas diferentes. Entretanto, era consensual o objetivo de proclamar uma república, que seria organizada conforme os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade que inspiraram a Revolução Francesa.
Ao tomar conhecimento da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, deu ordens às tropas militares para prender os revoltosos; estes conseguiram resistir e mataram os militares que tentaram dominá-los. O governador, apavorado com a resistência, fugiu do palácio, mas foi preso pelos rebeldes pouco tempo depois.
Os rebeldes, enfim, tomaram o poder em Pernambuco e constituíram um governo provisório que decidiu extinguir alguns impostos e elaborar uma Constituição, decretando a liberdade religiosa e de imprensa e a igualdade para todos, exceto aos escravos.
D. João VI enviou tropas, armas e navios para a região. Os rebeldes foram duramente atacados e, depois de muita luta, acabaram por se entregar. Os líderes do movimento foram condenados à morte.
A Revolução Pernambucana foi a única rebelião anterior à independência política do Brasil que ultrapassou a fase da conspiração. Os rebeldes permaneceram no governo por 75 dias.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Volume único. Saraiva, 2005, pág. 357-359.

domingo, 18 de agosto de 2013


Turmas: 8º ano - Ensino Fundamental e 1º ano – Ensino Médio
Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates
Quase dez anos depois da Conjuração Mineira, ocorreu na Bahia um novo movimento revolucionário, promovido por brancos e negros pobres. Participaram da Conjuração Baiana soldados, negros livres e profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros.
Os planos dos revoltosos baianos incluíam: o fim da dominação portuguesa sobre o Brasil; a proclamação de uma república democrática; a abolição da escravidão; o aumento da remuneração dos soldados; a abertura dos portos brasileiros aos navios de todas as nações; e a melhoria das condições de vida da população.
Inspirados pelas idéias de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa, os revoltosos distribuíam e colavam panfletos em lugares públicos.
O governador da Bahia, Fernando José de Portugal e Castro, procurou descobrir os autores dos panfletos. Não faltaram informantes que denunciassem o plano dos conspiradores.
Mais de 30 participantes foram presos e processados. Ao final, as penas mais severas recaíram sobre os líderes mais pobres. Em novembro de 1799, quatro líderes mulatos foram enforcados e esquartejados: os alfaiates João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos e os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Veiga e Lucas Dantas.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Volume único. Saraiva, 2005, pág. 355-356.
 
Turmas:  8º ano - Ensino Fundamental e 1º ano – Ensino Médio
Família Real no Brasil
No início do século XIX, os exércitos de Napoleão Bonaparte, imperador da França, dominavam diversos países europeus. A única força capaz de resistir ao exército francês era a poderosa marinha de guerra inglesa.
Não podendo dominar a Inglaterra pela força militar, Bonaparte tentou vencê-la pela força econômica, Para isso, em 1806, decretou o Bloqueio Continental, pelo qual os países do continente europeu deveriam fechar seus portos ao comércio inglês.
Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe D. João, pois sua mãe, a rainha Maria I, tinha problemas mentais. D. João pretendia manter-se neutro no conflito entre franceses e ingleses. Os exércitos franceses não aceitaram essa indefinição e invadiram Portugal, com o apoio de tropas espanholas.
Sem condições de resistir à invasão das tropas franco-espanholas, D. João e a Corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob proteção de uma esquadra naval inglesa. Chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Volume único. Saraiva, 2005, pág. 356.

domingo, 9 de junho de 2013

Turmas: 8º ano e 1º ano do Ensino Médio


PRODUÇÃO DE OURO BRASILEIRO NO SÉCULO XVIII
ANOS TOTAL (kg)
1700-1705 1.470
1706-1710 4.410
1711-1715 6.500
1716-1720 6.500
1721-1725 7.600
1726-1729 8.500
1730-1734 9.000
1735-1739 14.137
1740-1744 17.147
1745-1749 14.812
1750-1754 15.760
1755-1759 12.616
1760-1764 10.499
1765-1769 9.759
1770-1774 8.779
1775-1779 8.118
1780-1784 6.284
1785-1789 4.911
1790-1794 4.510
1795-1799 4.399
Fonte:Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History of Latin America, vol. 2, Cambridge, 1984, p. 594.

sábado, 8 de junho de 2013

Turmas: 8º ano e 1º ano do Ensino Médio

Crise Colonial
A Conjuração Mineira também conhecida como Inconfidência Mineira, foi um movimento de caráter separatista, ocorrido em Minas Gerais no ano de 1789. O lema era “Liberdade, ainda que tardia”.
Principais integrantes da Conjuração Mineira (inconfidentes):
- D. Maria I: Rainha de Portugal.
- Luís Antônio Furtado de Castro do Rio Mendonça (Visconde de Barbacena): Governador de Minas.
- Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier): Alferes (militar), minerador e tropeiro.
- Claudio Manuel da Costa: Advogado e poeta.
- Inácio José de Alvarenga Peixoto: Advogado e poeta.
- Tomás Antônio Gonzaga – Poeta.
- João Rodrigues de Macedo: Proprietário da Casa dos Contos.
- Francisco de Paula Freire de Andrade: Coronel.
- José Álvares Maciel: Mineralogista.
- Carlos Correia: Padre.
- Oliveira Rolim: Padre.
- Francisco Antônio de Oliveira Lopes: Coronel
Principais causas:
- A cobrança de impostos que era feita sobre o ouro foi mantida pela coroa portuguesa, mesmo sabendo que os mineiros já não tinham como pagar o “quinto” (cerca de 100 arrobas de ouro por ano);
- Os impostos atrasados foram cobrados à força, com policiais, de qualquer pessoa. As contribuições eram feitas com base nos bens que cada indivíduo tinha, e era comum acontecerem casos de todos os bens de uma família serem tomados
 - Derrama: caso uma região não conseguisse pagar 1500 quilos de ouro para Portugal, soldados entravam nas casas das pessoas para pegar bens até completar o valor devido;
 - A proibição da instalação de fábricas no Brasil.
Objetivos principais:
- Tornar Minas Gerais independente, uma República;
- Criação de uma universidade pública na cidade de Vila Rica;
- Desenvolver indústrias.
A Questão da Escravidão
 Não havia consenso com relação à libertação dos escravos. Alguns inconfidentes, entre eles Tiradentes, eram favoráveis à abolição da escravidão, enquanto outros eram contrários e queriam a independência sem transformações sociais de grande impacto.
O fim da Conjuração Mineira
O movimento foi delatado por Joaquim Silvério dos Reis ao governador da província Visconde de Barbacena, em troca do perdão de suas dívidas com o governo. Os inconfidentes foram presos e condenados. Enquanto Tiradentes foi enforcado e teve seu corpo esquartejado, os outros foram exilados na África.
Adaptado - Fonte: http://www.historiadobrasil.net/resumos/conjuracao_mineira.htm.
Jornal ESTADO DE MINAS, 20 de abril de 2012. Tiradentes: Um herói Nacional.