Turmas: 8º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio
Mudanças no Brasil promovidas por D. João
Abertura dos
portos ao comércio internacional às “nações amigas”, extinguindo o monopólio do
comércio colonial;
Tratado de 1810:
fixava em 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos para o
Brasil. Sobre os produtos dos demais países era cobrada uma taxa de 24%, e
mesmo dos artigos portugueses cobrava-se 16%. Somente em 1816 ocorreria a
equiparação das taxas alfandegárias inglesas e portuguesas;
Organização a
estrutura administrativa da monarquia portuguesa: nomeou ministros de Estado,
colocou em funcionamento diversos órgãos públicos, instalou Tribunais de
Justiça;
Criação Banco do
Brasil;
Autorização para a
instalação de fábricas;
Criação e
implantação de diversas academias e obras culturais no Brasil;
Instituições de
ensino superior;
Jardim Botânico;
Biblioteca Real;
Imprensa Régia que
iniciou a publicação do jornal Gazeta do Rio de Janeiro;
Missão Francesa: foram
contratados artistas e professores estrangeiros.
Elevação do Brasil a Reino Unido (1815)
O Brasil foi
elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com essa medida, na
prática, o Brasil deixava de ser colônia de Portugal e adquiria autonomia
administrativa.
Criou-se uma
situação incomum para os portugueses: a antiga colônia tornou-se sede do Reino
Unido. Portugal e Brasil invertiam suas posições: “a colônia colonizando a
metrópole”. Essa “inversão colonial”
foi crescentemente questionada, sendo um dos fatores que impulsionaram a
Revolução Liberal portuguesa, em 1820.
Revolução Pernambucana (1817)
Em Pernambuco,
muitos moradores estavam revoltados com o crescente aumento dos impostos, que
serviam para sustentar o luxo da Corte. Além disso, a grande seca de 1816
causou graves prejuízos à agricultura e provocou fome no nordeste. Os preços do
açúcar e do algodão estavam caindo no mercado internacional.
Diversos grupos
sociais envolvidos na revolta tinham metas diferentes. Entretanto, era
consensual o objetivo de proclamar uma república, que seria organizada conforme
os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade que inspiraram a Revolução
Francesa.
Ao tomar
conhecimento da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda
Montenegro, deu ordens às tropas militares para prender os revoltosos; estes
conseguiram resistir e mataram os militares que tentaram dominá-los. O
governador, apavorado com a resistência, fugiu do palácio, mas foi preso pelos
rebeldes pouco tempo depois.
Os rebeldes,
enfim, tomaram o poder em Pernambuco
e constituíram um governo provisório que decidiu extinguir alguns impostos e
elaborar uma Constituição, decretando a liberdade religiosa e de imprensa e a igualdade
para todos, exceto aos escravos.
D. João VI enviou tropas,
armas e navios para a região. Os rebeldes foram duramente atacados e, depois de
muita luta, acabaram por se entregar. Os líderes do movimento foram condenados
à morte.
A Revolução
Pernambucana foi a única rebelião anterior à independência política do Brasil
que ultrapassou a fase da conspiração. Os rebeldes permaneceram no governo por
75 dias.
COTRIM, Gilberto.
História Global: Brasil e Geral. Volume único. Saraiva, 2005, pág. 357-359.